sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"Presidenta"

A coisa nem bem começou e já estou de saco cheio de "presidenta" ter virado uma espécie de bandeira do pessoal pró-Dilma, a ponto de quererem virar o jogo e chamar quem diz "a presidente" de reaça. Não é porque votei nela e porque (dizem) já se admite o verbete como gramaticalmente correto que sou obrigado a não achá-lo horrível e absolutamente incoerente; se seguirmos este rumo, como já apontaram, logo teremos "dentistos", "diplomatos", "gerentos", etc. Dizer que é uma atitude feminista também não cola - diferente de, por exemplo, evitar colocar todos os coletivos no masculino (numa sala com deputados e deputadas, chamar apenas "deputados", etc.) - porque os substantivos terminados em "e" não têm desinência de gênero, não são uma expressão da misoginia de nossa língua, que existe e, por isso mesmo, devia ser combatida com inteligência.

Se é pra promover um vocábulo novo, sinceramente prefiro defender a inclusão de "dogão" no dicionário.

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