quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Beijinho, beijinho... Craw, craw.


Uma das coisas mais estúpidas da era digital é o puritanismo hipócrita que virou moda em todo tipo de instituição de ensino, e é aprovado por psicólogos infantis e pedagogos diversos. A falsa crença em que jogos eletrônicos violentos e RPGs vão criar jovens desajustados e sem senso de moral me fazem pensar que (com todo o respeito) os profissionais que pregam essa teoria estão com falta de Salame (com s maiúsculo) na dieta. Vejamos quais são os principais argumentos dessa corja e mostrar o motivo de serem desprezados:


1 - Role playing games (ou RPGs) são jogos que distorcem a realidade e fazem com que os jovens habitem um mundo infestado de monstros, demônios e armadilhas, poluindo assim a mente do jovem e alterando a sua percepção de certo e de errado, podendo prejudicar a sua formação físico-psicológica.

PORRA NENHUMA

Se RPG distorce a mente, conto de fadas faz o que? Gosto muito de Robin Hood, mas nunca ouvi falar de alguém que tenha assaltado o Banco do Brasil e ter jogado o dinheiro pra cima na Central. Além disso, você já conheceu algum imbecil que, por ter visto Peter Pan, tenha tomado banho com queijo-ralado (pó de pirlimpimpim genérico) e se jogado da janela? "Ah! mas no RPG você interpreta!" diriam as senhoras defensoras da moral e dos bons costumes. Eu nunca vi alguém virar sequestrador por gostar de brincar de pique-esconde.




2 - Filmes violentos ou que fazem referência a algo violento devem ter censura 18 para não estimular os jovens a adiquirir esses comportamentos violentos. Os jovens podem se espelhar nos heróis violentos e acabarem adiquirindo tais comportamentos.

P. N.

Você já ouviu seu pai e sua mãe falando que pularam de um barranco querendo ser o Super-homem ou a Mulher-Maravilha? Já ouviram falar de algum tio que deu uma facada ou um tiro em alguém imitando James Bond? Já ouviram falar de um tio que matou um amiguinho por causa de O Poderoso Chefão? Nem eu!


3 - Heavy Metal e música eletrônica são prejudiciais à formação dos jovens, e comprometem na formação de caráter do jovem por na maioria das vezes conterem letras com conteúdo chulo (xulo? shulo?) e de apologia à drogas e violência.

P. N.

Quantos gatos você tentou matar atirando projéteis de madeira por ter escutado Atirei-o-pau-no-gato? Quantos de nós viraram ditadores e posseiros de terras alheias por terem ouvido Se-essa-rua-fosse-minha? Sobre a relação palavrão-caráter eu tenho muito pouco a falar. Utilizarei uma linha de raciocínio bem simples: Quem gosta muito de futebol torce para algum time. Quem assiste jogos de futebol do time, normalmente chama o juiz de FDP (o que é um palavrão). Se quem fala palavrão é mau-caráter, ENTÃO, todo mundo que gosta de futebol é mau-caráter. Se somos o país do futebol, somos o país mais mau-caráter da terra. É, faz sentido.

P. N.

4 - Videogames e qualquer tipo de jogo violento influem na construção de caráter da pessoa, podendo ser decisivo na formação psicológica do indivíduo, devendo assim ser evitados afim de construir uma pessoa pacífica.

P.N.

Eu particularmente gosto MUITO de videogames, mesmo assim, nunca tentei pisotear tartarugas (Super Mario Bros.), destruir carros socando eles (Street Fighter) ou arrancar a cabeça de algum amigo (Mortal Kombat). Como podem proibir um jovem de se divertir em jogos que tem como armas coisas totalmente acessíveis a qualquer adolescente como um lança-granadas, uma mina terrestre, um lança-mísseis e um lança-chamas ?



e por último, mas não menos importante:



Programas infantis violentos criam jovens violentos e desinteressados em aprender, da mesma forma que desenhos que estimulam a amizade estimulam interações sociais.

PORRA NENHUMA, MESMO

5 - Enquanto eu assistia o Zeca-Urubu correr com um machado atrás do Pica-Pau, o Seu Madruga tomando várias porradas da Dona Florinda, e o Tom tentando eletrocutar o Jerry, as crianças de hoje assistem programas políticamente corretos como os Teletubbies (desenho por sinal de conteúdo pan sexual e alucinógeno), Lazy Town (desenho que incentiva a pedofilia) e Bob Esponja, onde frutos (frutas?) do mar se relacionam de maneira bem "alegre" e tem como amiga uma esquilo-fêmea (esquila?) que só falta coçar os bagos. 


Com isso, mostro a vocês que esse papo de puritanismo, sem referências a violência e a conflitos que essas pessoas estão tentando impor só serve para prejudicar a cabeça dos nossos filhos. Assistindo a desenhos violentos é que nosso jovens saberão se defender sem o uso da força, ou com uso quando necessário.  

E lembrem de comprar sempre na ACME

3 comentários:

Winna disse...

Sacanagem... quer dizer que eu não posso mais estourar cabeças de mortos-vivos só porque na quitanda da esquina o pessoal vende lança granadas e 45 cromadas e eu sinto uma vontade INEXPLICÁVEL de comer todos as plantinhas estranhas que eu encontro no camnho de casa pra ver se eu me sinto mais bem disposta??
To decepcionada...
Ps.: Sempre acho que meu cachorro vai tentar quebrar a janela do quarto quando eu menos esperar e tantar me atacar!

Alex Krauser disse...

Tu fala isso, mas todo mundo dessa geraçao virou maluco ou psico, rá!

Ane Brasil disse...

heheheheheheh!
Bom texto.
E sim, não esquecerei de comprar meus produtos ACME!